sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A história do vestido de noiva

Em Portugal o vestido já foi negro, como o traje de noiva do Minho. Foi a partir do século XVIII que, no Ocidente, o vestido passou a ser branco, simbolizando a pureza e a virtude da noiva, de forma a imitar a moda da Antiguidade clássica, grega e romana.


Até ao século XIX, a maior parte dos vestidos tinha cores diversas, a pensar nas utilizações posteriores. Geralmente, as cores usadas eram em tons de pastel. Também já foi costume a noiva usar o vestido tradicional da região onde mora ou o vestido da mãe, um hábito que está sendo restituído atualmente. Portanto o vestido de noiva como o conhecemos tem uma história relativamente recente.



Os vestidos brancos popularizaram-se após o casamento da rainha Vitória em 1840 que, num gesto romântico foi uma das primeiras nobres a se casar por amor e em um esplendoroso traje, com vestido e véu brancos e sem coroa, o que foi inédito até aquele momento na história. O branco se impôs nas classes da burguesia. Só no século XX, nos anos 30, o branco foi adotado por todas as classes sociais.

O vestido de noiva e o véu têm evoluído ao longo dos tempos, em conformidade com os padrões de moda de cada época. As alterações variam no tamanho, nas conjugações de cores mais suaves, mas não só. Tudo é possível e ditado pela criatividade dos mais ousados.




A história do vestido está ligada à própria origem do casamento, que surgiu com o objetivo de legalizar uma unidade familiar, seja para a legitimação dos filhos e da herança, o estabelecimento de alianças entre famílias e clãs ou a reunião e troca de bens e riquezas. Para alguns povos o casamento era um ato mais comercial que de amor. Durante muito tempo, e por sua importância socioeconômica, foi considerado impróprio deixar os corações falarem mais alto.

Para ler ouvindo: Billy Idol – White wedding